Some place better than where you've been

Caramba, tinha 8 anos quando este Sr. desapareceu…

Fazem hoje 10 anos da morte deste cantor fantástico que era o Jeff Buckley.

Vocês já me ouviram falar imenso dele mas se calhar nunca se deram ao trabalho de procurarem alguma música só para verem quem é esta pessoa de quem esta vossa amiga fala.

Mas quando falo, falo mesmo a sério, e posso dizer que “Grace” me mudou a vida, a nível musical e pessoal. É daqueles álbuns que enche a alma. É só carregar no play e deixar-nos levar. Se não fosse a banda de fundo dava até a sensação de que ele estava ali ao lado, a cantar ao mesmo tempo que nos contempla a alma.

Foi isso que mais me impressionou. Não ao início, pois é impossível não ficar encantado com a potência e ao mesmo tempo subtileza daquela voz, mas com o tempo os suspiros ficam agarrados a cada nota, a cada palavra. Jeff Buckley cantava o que ia na alma, na dele e na nossa.

A primeira música que ouvi foi a Hallelujah, depois de lhe prestar a atenção devida, percebi o quão perfeito era aquele momento. Quem é fã com certeza percebe a maneira como a sua música nos eleva a alma. Para mim Buckley não se ouve com leviandade, não consigo fazer isso. Cada canção tem de ser sentida.

Há uns tempos encontrei uma citação dele que descreve exactamente o que sinto quando o oiço.

“Rentless, endless joy peaking into tears, resting in calmness, a simmering beauty. If you let yourself listen with the whole of yourself, you will have the pure feeling of flight while firmly rooted to the ground. Your soul can fly outward, stringed to you ribcage like a shimmering kite in the shape of an open hand. Be still and listen to the evidence of your own holiness.”

Hoje caí em mim. Percebi que nunca vou ter a alegria de puder ver este músico fantástico ao vivo.

Se realmente existe after-life ou algo do género, gostava que fosses tu a abraçar-me e a dizer que vai ficar tudo bem.

Uma das melhores músicas de todos os tempos (para mim está claro).