
Após ler o último artigo, que achei bastante interessante, uma certeza que já tinha foi ainda mais reforçada. Para além dos problemas realmente sérios que sabemos existir no mundo, como o da extrema pobreza(referido anteriormente neste blog) ou o da fome, a cada dia que passa a questão das alterações climáticas e das preocupações ambientais sermos mais "verdes" torna-se cada vez mais importante e alvo de discussão.
Mas não foi só pela iniciativa da Sara de tocar no assunto que decidi aqui escrever sobre a temática. Participei por estes dias numa simulação das Nações Unidas, tendo ficado num Comité que trata directamente da questão das alterações climáticas, o UNFCCC(Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas), em que os temas principais foram o Protocolo de Quioto e a Conferência das Partes do UNFCCC, a decorrer actualmente em Bali.
Já tinha informações muito gerais sobre o assunto, e por ter ficado a saber muito mais do que estava à espera, decidi aqui colocar umas ideias resumidas que espero que vos interessem (Se é que já não ouviram algumas destas coisas).
Em 2005 o Protocolo de Quioto entrou em vigor após ter sido ratificado pela maioria dos Estados actualmente existentes, sendo os E.U.A. a excepção mais conhecida. Contudo, e como muitos sabem, a maioria dos países(sendo estes apenas os chamados países desenvolvidos) que se comprometeram reduzir as suas emissões de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5% em relação aos níveis de 1990 entre 2008 e 2012 não o estão a fazer.
Como curiosidade, ao nível de emissões de gases do efeito estufa os E.U.A ocupam o 1º lugar, a China o 2º e Rússia o 3º. A verdade é que os americanos não se comprometeram a nada, a China legalmente não é obrigada a nada, contudo, o caso russo é diferente, visto ser um país desenvolvido.
Na 13ª Conferência das Partes do UNFCCC em Bali, a acontecer entre 3 e 14 de Dezembro, com o objectivo de definir o que fazer relativamente ao aquecimento global no período pós-Quioto, sabe-se não ser destinada a definir reduções de emissões e, apesar da ratificação do Protocolo de Quioto pela Austrália, está, como já se esperava, condenada pela falta de vontade política, como veio dizer o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Se se continuar pelo mesmo caminho crê-se que por volta de 2050 as reservas petrolíferas mundiais estejam no fim e que, se o degelo dos glaciares continue ao mesmo ritmo, em poucos anos o nível médio do mar aumente 7 metros levando a que partes centrais de cidades como Nova York, Amesterdão ou Veneza sejam invadidas pelas águas.
No fim ficamos a pensar, com tanta desgraça para vir será que não existe nada a de positiva a acontecer?
Bem, os países da U.E. parecem estar cada vez mais motivados para a luta contra as alterações, apesar de , por exemplo o Reino Unido, só ter começado a preocupar-se após um estudo sobre o impacto das alterações climáticas na economia de um conhecido economista, ou Holanda, talvez só ter estas preocupações porque à volta de um quarto do seu território estar a baixo do nível médio do mar.
A conclusão que tiro é a de que antes de depositarmos nos nossos Estados toda a responsabilidade de iniciar verdadeiramente esta luta contra a destruição ambiental talvez devesse-mos nós, cidadãos do mundo, assumir as nossas obrigações para com aquilo que nos acompanha a vida toda, o nosso planeta!
Como diz Al Gore, "Temos tudo o que é necessário para resolver essa crise".
Sei que o artigo ficou um pouco longo, mas espero que seja informativo para aqueles que se interessarem! *'s
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1 comentário:
o que eu digo é que os artigos não são longos... o blog é que é muito estreito e como eu não sei como mudar isso, refilo, mas não faço nada.
os sacos de plástico são feitos de petróleo... ao menos quando acabar já não há mais nada para ninguém.
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